O que é Diabetes?

Doença que aumenta a quantidade de glicose no sangue. Ela se manifesta quando o organismo não consegue utilizar os nutrientes (derivados de carboidratos, proteínas e gorduras), provenientes da digestão dos alimentos, para produzir energia e mover o corpo ou para armazená-los nos em órgãos como o fígado, músculos e células gordurosas.

Uma de suas causas é a deficiência do hormônio de insulina, que atua como uma espécie de mensageiro químico, produzido no pâncreas. Ele é liberado no corpo e atua em partes distintas do organismo. Nos quadros de diabetes tipo 1 o organismo não consegue produzir insulina. No tipo 2, geralmente há uma combinação da deficiência parcial da produção e uma resposta reduzida do corpo ao hormônio, o que é denominado de resistência à insulina.

Fonte: Entendendo a Diabetes – Para Educação do Paciente – Janet Worley Norwood e Charles B. INlander. Julio Louzada Publicações.

Diferenças entre Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2?

Diabetes Tipo 1

As pessoas com diabetes tipo 1 (DM1) não produzem insulina (hormônio produzido pelo pâncreas que ajudar o corpo a usar ou armazenar a glicose dos alimentos). O tratamento é feito com injeções de insulina.
Metade de todos os casos de DM1 aparece na infância ou no início da adolescência.

Diabetes Tipo 2

As pessoas com diabetes tipo 2 (DM2) produzem insulina, mas, por algum motivo, as células em seus corpos são resistentes à ação da insulina ou não produzem insulina suficiente. Em todos os tipos de diabetes, se a glicose não consegue entrar nas células e tecidos que necessitam dela, ela se acumula no sangue.
Geralmente, os casos de diabetes tipo 2 se desenvolvem na vida adulta.

Fontes: Guia Completo sobre Diabetes da American Diabetes Association. Rio de Janeiro: Anima, 2002.

Quais são os sintomas que a criança apresenta no Diabetes tipo 1?

Os principais sintomas que mostram que o nível de glicose está elevado no sangue são cansaço,muita sede e fome excessiva, grande quantidade de urina, perda de peso e visão turva.

Quais são os sintomas no Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) ?

As crianças com DM2 geralmente não apresentam ou apresentam poucos sintomas por longos períodos, sendo que 50% são encaminhados ao endocrinologista pediátrico devido a alterações de exames solicitados de rotina pelo pediatra, tais como glicosúria (presença de açúcar) no exame de urina ou devido resultado de glicemia alterado no exame de sangue. Trinta por cento das crianças e adolescentes apresentam discreta sede e apresentam discreta poliúria(aumento urinário).
Aproximadamente 70% a 90% das crianças com diabetes mellitus tipo 2 são obesas.
O impacto da obesidade no risco do DM2 é maior em crianças com história familiar positiva para esta doença.

O estado emocional altera os valores de glicose no diabetes tipo 1 e o tipo 2?

A resposta é que o estado emocional interfere sim nas taxas glicêmicas, assim como outros fatores como uso de medicamentos, alimentação e atividade física. Mas é importante prestar atenção para glicemias sempre elevadas, pois os estados emocionais não costumam provocar alterações duradouras. Neste caso, a recomendação é procurar o médico para ajuste no tratamento.

É possível tratar o diabetes sem remédios?

Se falarmos do diabetes tipo 1, podemos dizer que não. O tratamento medicamentoso do Diabetes Mellitus tipo 1 é através da utilização de insulina.

Quanto ao diabetes tipo 2, a resposta é sim, é possível tratar o diabetes sem remédios

Existem três etapas do tratamento do diabetes tipo 2.

1ª etapa: Alimentação saudável + perda de peso + atividades físicas.
2ª etapa: Alimentação saudável + perda de peso + atividades físicas + antidiabéticos orais.
3ª etapa: Alimentação saudável + perda de peso + atividades físicas + insulina, com ou sem a utilização concomitante de antidiabéticos orais.

Como é o tratamento medicamentoso do diabetes mellitus?

No tratamento do diabetes tipo 1 devem ser sempre estimulados a alimentação saudável e hábito regular de atividades físicas. É preciso também fazer uso de algum tipo de insulina.

Já para o diabetes tipo 2, devem ser sempre estimulados a perda de peso, assim como a alimentação saudável e hábito regular de atividades físicas. Em geral é preciso também fazer uso de algum tipo de antidiabéticos orais. Em casos mais avançados é preciso também fazer uso de algum tipo de insulina.

Os medicamentos antidiabéticos orais atuais permitem criar novos esquemas de tratamento, aumentando a possibilidade de personalização de acordo com as necessidades específicas de cada um.

A insulina deve sempre que ficar na geladeira?

A insulina de reserva deverá ser guardada em geladeira na temperatura de 2 a 8 graus (local: acima da gaveta de legumes), em caixa plástica para não molhar a embalagem original. Já a insulina de uso poderá ficar fora da geladeira, porém dentro da caixinha protegido da luz; se a opção for conservar na geladeira, deverá ser tirada 30 minutos antes da aplicação para não ser usada gelada.